A AAERJ adquiriu os seguintes livros, resultados dos Seminários de Saberes Arquivísticos da UEPB, que podem ser comprados em nossa Loja Virtual ou diretamente com o DACAR/UNIRIO:

Seminários de Saberes Arquivísticos: Práticas de Leitura e Escrita na Universidade

Seminários de Saberes Arquivísticos: Reflexões de Diálogos para Formação do Arquivista

A Linguagem e a Informação Documentária: Intermediações e Ressignificações Possíveis

                                       Práticas de Leitura     eliete    Linguagem documentaria

 Sobre as autoras/organizadoras:

Eliete Correia dos Santos – Doutoranda em Linguistica (PROLING/UFPB/EX – BOLSISTA DA CAPES) e doutorado-sanduíche na Universidade do Porto. Mestre em Linguagem e Ensino pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Professora da UEPB/CCBSA/Campus V. Membro dos grupos de pesquisa: Arquivologia e Sociedade, Estudos em Arquivologia e Sociedade – GEAAS, na Universidade Estadual da Paraíba e do Grupo de Pesquisas em Linguagem, Enunciação e Interação/GLPEI da UFPB e atua na linha de pesquisa: Discurso e Sociedade (UFPB).

Francinete Fernandes de Sousa – Doutora em Letras pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB, 2009), Especialista em Arquivo e Patrimômio (UNIVERSO/PE, 2010), Mestre em Biblioteconomia pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB, 1996). Pós graduada em Pesquisa Educacional pela UFPB (1994) e licenciada em Letras pela UFPB (1989). Professora do Curso de Arquivologia da UEPB.

Sobre os livros:

Seminários de Saberes Arquivísticos: Práticas de Leitura e Escrita na Universidade – Esta coletânea é uma experiência localmente situada, que se afina com uma tendência internacional do ensino de línguas para fins específicos. No caso em pauta, ela customiza para alunos do Curso de Arquivologia o ensino de Leitura e de Escrita, considerando essas duas habilidades como indissociadas e conduzindo a primeira em função da segunda. Ou seja, considerando as necessidades acadêmicas dos graduandos do referido curso articulou um ensino de escrita que foi muito além da memorização de regras, normas, indicação de erros de português, mas apontou um caminho que começa com o estabelecimento da finalidade escrever artigos acadêmicos e passa por etapas, até ser vencida estudar o tema, ler com a finalidade de identificar ideias principais, sumarizar, resenhar, coletar dados, analisar, escrever os resultados, apresentá-los em eventos internos da faculdade e, pasmem, publicar! O livro aborda diferentes temas da arquivologia, como o diagnóstico de arquivos e a sua relação com as tecnologias da informação; além disso, outros temas importantes como o gerenciamento, a preservação de documentos e de patrimônios culturais, sejam esses textos, imagens ou monumentos, associados às estratégias de busca implantadas por instituições ou demandadas pelo público, são alvos da análise, que não se esgota nesses temas de estudo, mas se volta para temáticas da Arquivologia na Paraíba, analisando-as, assim como avaliando práticas de leitura entre graduandos. Nesse sentido, temos uma importante retroalimentação que permitirá o avanço do ensino de língua portuguesa e quiçá a incorporação da experiência aqui publicada. Com a leitura desta obra, certamente estamos numa situação de avant-garde, verificando que o ensino precisa ser customizado em função do que os alunos precisam aprender e não em função daquilo que o professor quer ensinar.

Encadernação: Brochura
Dimensões: 14,8 x 21 cm

ISBN: 978-85-8192-186-0
Número de páginas: 360
Edição: 1.ª
Ano da Edição: 2013

Seminários de Saberes Arquivísticos: Reflexões de Diálogos para Formação do Arquivista – O que propor e esperar de uma formação universitária para o século XXI? Provavelmente essas sejam duas questões que interpelam os formuladores de políticas educacionais para o ensino superior, bem como docentes e alunos, independentemente dos domínios do conhecimento. Sendo um dos produtos do Seminário de Saberes Arquivísticos, projeto desenvolvido no curso de Arquivologia da Universidade Estadual da Paraíba, um dos mais novos de graduação nessa disciplina no Brasil, portanto legítimo herdeiro das inquietações científico-pedagógicas do século XXI,  o livro busca convergir reflexões de vários especialistas, tendo como núcleo agregador a informação nas suas múltiplas dimensões. Importa destacar, ainda, que o título da coleção à qual o livro pertence denomina-se Arquivologia, Documentação e Ciência da informação o que demarca, de alguma forma, um recorte no campo científico em que ele se situa e o desejo de aproximação na perspectiva interdisciplinar. Pesquisadores de várias universidades públicas brasileiras e de Portugal exercitam, assim, o diálogo interdisciplinar, trocas fortemente desejáveis no mundo científico, no sentido de refletir sobre o conjunto de textos reunidos nesta obra e o seu significado para a Arquivologia e para a Ciência da Informação. Muitos dos textos da obra destacam a interdisciplinaridade, na perspectiva do que seria próprio da natureza da Arquivologia ou mesmo da Ciência da Informação, área com a qual, institucionalmente, a Arquivologia, majoritariamente, identifica-se no Brasil. A interdisciplinaridade, nesse caso, reveste-se de aspectos pluridisciplinares e transdisciplinares, aspectos esses que propiciam novas formas de cooperação e de diálogo entre saberes e disciplinas diversas. Da mesma forma, convém destacar os esforços no sentido de pensar os diálogos da Arquivologia no contexto da Ciência da Informação, ao mesmo tempo em que se busca delinear a identidade da primeira. Como, então, se configura o diálogo interdisciplinar (ou transdisciplinar, como querem as organizadoras) buscado no livro? Quais são as linhas mestras que unem os diferentes textos? O que o aluno de arquivologia aprende, apreende? Por que e para quê? Quem é e será esse profissional, quais os seus discursos? Terá ele consciência da intencionalidade de seus discursos? Em busca de respostas, os eixos integradores dos capítulos transitam por questões metodológicas, conceituais e históricas; pelas práticas profissionais e pedagógicas e o papel das instituições, todas ancoradas na questão da informação e seus suportes, antigos e novos, incluindo, nesse espectro, os discursos e a linguagem que estruturam a informação e lhes dão sentido. O livro trata, de fato, da organização social do conhecimento e da informação, questiona modelos que não responderiam mais às questões e necessidades do século XXI, (re) situa o próprio percurso disciplinar e seus ¿saberes e fazeres¿, bem como as formas de conhecer e os objetos de conhecimento. A criação, registro, armazenamento, recuperação, disseminação e uso das informações, assim como as disciplinas e os profissionais que lhes dão sentido, perpassam, portanto, todos os textos. O presente livro é um convite a se pensar sobre a construção/formação no domínio das ciências da informação, destacando-se, aqui, a intencionalidade do plural e interdisciplicinar.

Encadernação: Brochura
Dimensões (Altura x Largura): 14,8 x 21

ISBN: 978-85-8192-225-6
Número de Páginas: 340
Edição: 1a
Ano da edição: 2013

A Linguagem e a Informação Documentária: Intermediações e Ressignificações Possíveis – A Arquivologia encontra-se em pleno processo de mudança, de um paradigma clássico ou custodial para uma nova ordem pós-custodial. Porém, para essas alterações, faz-se necessário quebrar os velhos preceitos oriundos das práticas arquivistas seculares para um (re)dimensionamento científico da área. E, a partir de uma perspectiva teórico-metodológica coesa, iniciar discussões para o preenchimento dessas lacunas tão visíveis neste campo. Desta forma, vale ressaltar que a constituição de uma terminologia para qualquer área do conhecimento encaixa-se nas mudanças de que a área necessita para tornar-se uma ciência, devendo ser uma atividade contínua, abarcando também as novas perspectivas apontadas pela dialética da (re)construção das Ciências e suas mais diversificadas interações com a realidade. No seu livro intitulado O Arquivo: termos, conceitos e definições a autora Maria Fernanda Mouta apresenta, na sua introdução, um problema conceitual de matriz polissêmica que se expressa da seguinte forma: O arquivo do Arquivo Distrital de Viseu não se encontra, no arquivo, junto dos arquivos depositados no arquivo daquele Arquivo. (MOUTA, 1989, p. 12). No parágrafo seguinte explica a autora o seu trava-língua: O arquivo (complexo de documentos resultante da actividade de um organismo) do Arquivo Distrital de Viseu (serviço público detentor de vários arquivos, repository) não se encontra no arquivo (edifício, parte do edifício), junto dos arquivos (vários complexos de documentos resultantes da actividades de diversos organismos, fundos do arquivo, fundos) depositado no arquivo (depósito) daquele Arquivo. (MOUTA, 1989, p. 12). Esse é um pequeno exemplo dos importantes problemas de ordem conceitual e terminológica que a Arquivística precisa resolver para alçar completamente o panteão das Ciências. O próprio Michel Duchein em seu famoso texto de 1976 sobre o Respeito aos Fundos já apontava esta falha e a necessidade de se realizar discussões, mesas redondas, publicar artigos sobre o tema. Foi a partir da percepção desses problemas, causados principalmente pela diferenciação administrativa que é imanente a cada país, que os profissionais da área sentiram a necessidade em normalizar e padronizar, surgindo assim, o ISAD(G), e outras normas internacionais, bem como os dicionários de termos arquivísticos produzidos pelo Conselho Internacional de Arquivos (CIA) e seus congêneres publicados nos diversos países. Porém, estas tentativas ainda esbarram em outro grave problema da Arquivística: a constituição de um pressuposto teórico-metodológico dentro de um paradigma científico e póscustodial que possa embasar não só estas discussões como também a aplicação dos termos. Mesmo tendo noção da pluralidade da linguagem e da polissemia que naturalmente existe na língua é imperioso para qualquer área do conhecimento, a utilização das palavras com clareza e um rigor Científico que não deixe margem para dúvidas e a distinção do conceito utilizado de maneira uniforme. Também é de se destacar que os conceitos estabelecidos devem estar sujeitos aos avanços e mudanças necessárias da revolução científica. Desta forma, a ausência de linhas teóricas com metodologias mais consistentes que se instalou, através das práticas empíricas que fracionaram o próprio conceito de fundo ou mesmo proporcionaram classificações que não se coadunavam com as interrelações sistêmicas que lhes são imanentes. Assim, nesta seara fértil em discussões surge em boa hora a obra das professoras Francinete Fernandes e Eliete Santos, a qual tenho a honra e o prazer em prefaciar. A edição deste livro vem enriquecer ainda mais, não só a discussão sobre terminologia, como também fortalecer a multidisciplinaridade inerente a Arquivologia ao trazer discussões também sobre a indexação que toca diretamente a representação da informação, formação de tesauros, vocabulários controlados, sendo este um trabalho tão caro aos arquivistas os quais necessitam de apoio principalmente na área da linguística, a fim de dar suporte para poder descrever cada vez melhor os instrumentos de referência. Portanto, a presente obra que se encontra em suas mãos, prezado leitor, é um contributo essencial para o estudo dos temas sobre terminologia e indexação nos mais variados aspectos que a elas poderão estar associados. Trata-se de um texto que irá levá-lo a perceber novas discussões sobre antigos temas da Arquivologia, como também rever determinadas posições que poderiam encontrar-se cristalizadas. Assim, a leitura destas páginas poderá iniciar e impulsionar releituras, criando novas brechas para refutar velhas perspectivas e evoluir cientificamente.
(Josemar Henrique de Melo)

Encardenação: Encadernado
Dimensões: (Altura x Largura) 14,8 x 21

ISBN:978-85-64561-51-9
Número de páginas: 89
Edição: 1.ª
Ano da Edição: 2011

By AAERJ